Dicloridrato de Betaistina: Para que serve, posologia e apresentações
O dicloridrato de betaistina é um medicamento amplamente utilizado no tratamento de distúrbios do ouvido interno, como a Doença de Ménière. Com efeito comprovado na redução de sintomas […]
O dicloridrato de betaistina é um medicamento amplamente utilizado no tratamento de distúrbios do ouvido interno, como a Doença de Ménière. Com efeito comprovado na redução de sintomas como vertigem, zumbido e perda auditiva, ele melhora a circulação na região do ouvido interno, proporcionando alívio e mais qualidade de vida para os pacientes.
Neste artigo, vamos esclarecer para que serve o dicloridrato de betaistina, como utilizá-lo corretamente e quais são as apresentações disponíveis nas farmácias. Continue a leitura para entender como este medicamento pode ser parte do seu tratamento.
O que é Dicloridrato de Betaistina e para que serve?
Dicloridrato de Betaistina é utilizado para tratar a síndrome de Ménière e outras condições relacionadas à tontura e vertigem. Por conter o princípio ativo Betaistina, age melhorando o fluxo sanguíneo no ouvido interno e reduzindo a pressão causada pelo acúmulo de líquido nesta região.
Para que serve e em quais casos é utilizado?
Dicloridrato de Betaistina é indicado para:
- Síndrome de Ménière: Aliviando sintomas como vertigem, náuseas, vômitos, zumbido nos ouvidos e perda auditiva.
- Tontura de origem vestibular: Tratando condições como a neuronite vestibular e a labirintite.
Como tomar Dicloridrato de Betaistina corretamente?
O medicamento deve ser ingerido via oral, preferencialmente com água e após uma refeição para evitar irritações no estômago.
Recomendações de dosagem para adultos e idosos
A dosagem recomendada varia de acordo com cada comprimido:
– 8 mg: 1 comprimido a cada 8 horas;
– 16 mg: De meio a 1 comprimido a cada 8 horas;
– 24 mg: 1 comprimido a cada 12 horas;
– 32 mg (Betadine XR): 1 comprimido de liberação prolongada a cada 24 horas;
– 48 mg (Betadine XR): 1 comprimido de liberação prolongada a cada 24 horas.
É importante tomar a medicação nos horários corretos para manter os níveis constantes do medicamento no organismo e evitar crises de vertigem.
Para idosos, não é necessário ajuste de dose. Crianças e adolescentes menores de 18 anos não devem fazer uso deste remédio. É importante seguir as orientações médicas, tanto em relação à posologia como em relação ao tempo de tratamento.
Dicas sobre o momento e a forma correta de tomar o medicamento
Para total eficácia do tratamento, é importante seguir as orientações médicas. Trouxemos algumas dicas que podem ajudar durante o uso deste fármaco:
– Siga sempre a dosagem prescrita pelo seu médico;
– Tente tomar o remédio sempre no mesmo horário;
– Engula o comprimido preferencialmente com água e não mastigue ou esmague;
– Esteja ciente dos possíveis efeitos colaterais;
– Informe seu médico sobre o uso de outros medicamentos que faça uso.
No caso de esquecer uma dose do comprimido de 8, 16 ou 24 mg, deve-se pular a dose esquecida e tomar o próximo comprimido no horário programado normalmente. Não se deve tomar dois comprimidos ao mesmo tempo, para compensar a dose esquecida.
Já no caso do comprimido de liberação prolongada (Betadine XR 32 mg ou 48 mg), se uma dose não for tomada no horário correto, pode-se tomar o comprimido em até 6 horas após o esquecimento. Após esse período, deve-se pular a dose esquecida e tomar a próxima dose no horário habitual.
Duração média do tratamento conforme orientação médica
Sabemos que os tratamentos são realizados segundo o tempo determinado pelo médico responsável. Em média, o tratamento com dicloridrato de betaistina é de 2 a 3 meses, podendo ser repetido dependendo dos sintomas apresentados pelo paciente.
Como o Dicloridrato de Betaistina age no organismo?
Por ser um medicamento utilizado para tratar distúrbios do ouvido interno, seu mecanismo de ação não é completamente compreendido, mas acredita-se que ele atue de duas maneiras principais:
– Vasodilatação: A betaistina aumenta o fluxo sanguíneo no ouvido interno, melhorando a oxigenação e nutrição das células sensoriais. Isso pode ajudar a reduzir a vertigem e os sintomas associados.
– Estabilização da função vestibular: A betaistina parece modular a atividade dos receptores histamínicos no sistema vestibular, contribuindo para a estabilização da função vestibular e redução da tontura.
É importante lembrar que a melhora pode levar algumas semanas ou até meses, e seguir as orientações médicas para obter os melhores resultados é fundamental.
Explicação do mecanismo de ação
O dicloridrato de betaistina é uma substância derivada da histamina, sendo conhecida por suas propriedades estabilizadoras dos receptores histamínicos, especialmente os receptores H3 localizados no sistema nervoso central e periférico.
– Estabilização dos Receptores Histamínicos (H3): A betaistina atua principalmente como um agonista parcial dos receptores H3 da histamina. Esses receptores desempenham um papel crucial na regulação da liberação de neurotransmissores, como a histamina e a dopamina, no sistema nervoso central e periférico.
– Modulação do Fluxo de Informação Vestibular: No sistema vestibular, responsável pelo equilíbrio e pela orientação espacial do corpo, a betaistina atua reduzindo a excitabilidade neural excessiva. Isso é particularmente útil em condições onde há um desequilíbrio nos sinais sensoriais do labirinto ou do ouvido interno, como na vertigem e no zumbido.
– Melhoria na Perfusão Sanguínea: Além de sua ação direta nos receptores histamínicos, a betaistina também pode melhorar o fluxo sanguíneo na região do ouvido interno, contribuindo para a diminuição dos sintomas de vertigem e zumbido.
Redução da Pressão Endolinfática
A redução da pressão endolinfática é um dos efeitos benéficos deste medicamento, contribuindo para aliviar sintomas como vertigem, náuseas, vômitos e zumbido nos ouvidos. Betaistina ajuda a normalizar a pressão no ouvido interno, proporcionando alívio aos pacientes com distúrbios do equilíbrio.
Quais são os possíveis efeitos colaterais do Dicloridrato de Betaistina?
As reações adversas causadas pelo remédio, podem aparecer durante o tratamento. É importante identificar também se há alguma reação alérgica que necessita de atendimento médico imediato, caso haja, deve-se interromper o tratamento e procurar ajuda médica imediatamente.
Veja alguns dos efeitos colaterais que podem acontecer com pacientes durante o uso da medicação.
Comuns
– Má digestão;
– Azia;
– Dor ou inchaço no estômago;
– Dor de cabeça;
– Enjoo ou sensação de mal-estar.
Menos Comuns
– Erupção na pele (rash cutâneo) vermelha e irregular;
– Pele inflamada com coceira.
Raros
– Inchaço do rosto, lábios, língua ou pescoço;
– Queda da pressão sanguínea;
– Perda de consciência;
– Dificuldade para respirar.
Quem não deve tomar Dicloridrato de Betaistina?
O dicloridrato de betaistina não deve ser usado por crianças, adolescentes com menos de 18 anos, mulheres grávidas e/ou lactantes, ou por pessoas que tenham tumor da glândula adrenal, chamado feocromocitoma.
Além disso, esse remédio não deve ser tomado por pessoas que tenham alergia ao dicloridrato de betaistina ou qualquer outro componente da fórmula.
Contraindicações Absolutas
Antes de iniciar o tratamento, é essencial informar o médico sobre todas as condições pré-existentes e todos os medicamentos que você está tomando, incluindo medicações de venda livre e suplementos.
Contraindicações absolutas são situações em que o uso do medicamento pode representar um risco significativo para a saúde do paciente.
– História de hipersensibilidade: Pessoas com história de hipersensibilidade conhecida ao dicloridrato de betaistina ou a qualquer um dos componentes da formulação não devem usar este medicamento. Reações alérgicas podem variar de leves a graves e podem incluir erupção cutânea, coceira, inchaço, dificuldade respiratória e choque anafilático.
– Feocromocitoma: O dicloridrato de betaistina é contraindicado em pacientes com feocromocitoma não tratado. Este é um tumor raro da glândula adrenal que pode causar hipertensão arterial grave devido à liberação excessiva de hormônios como a adrenalina.
– Asma brônquica: Pacientes com asma brônquica devem evitar o dicloridrato de betaistina, ao poder ocorrer broncoespasmo e piora dos sintomas respiratórios.
– Úlcera péptica ativa: em casos de úlcera péptica ativa, o dicloridrato de betaistina deve ser evitado devido ao risco de agravamento da condição.
– Fenilcetonúria: Este medicamento contém fenilalanina, o que pode ser prejudicial para pacientes com fenilcetonúria, uma condição genética rara que afeta o metabolismo da fenilalanina.
Cuidados Especiais
É essencial estar ciente de alguns cuidados especiais ao utilizar este medicamento, para garantir um tratamento seguro e eficaz.
– Idosos e pacientes com Insuficiência hepática ou renal devem ser monitorados de perto durante o tratamento com dicloridrato de betaistina. A dose pode precisar ser ajustada com base na função renal ou hepática do paciente.
– Mulheres grávidas ou lactantes devem informar seus médicos antes de usar dicloridrato de betaistina. Embora não haja evidências conclusivas de riscos significativos durante a gravidez, o medicamento deve ser usado com cautela e apenas sob orientação médica.
– Não interromper o uso de dicloridrato de betaistina abruptamente. O médico pode recomendar uma redução gradual da dose para evitar sintomas de abstinência ou recorrência dos sintomas para os quais o medicamento foi prescrito.
Com quais medicamentos o Dicloridrato de Betaistina pode interagir?
É essencial estar ciente das possíveis interações medicamentosas que este medicamento pode ter. A interação com outros medicamentos pode alterar a eficácia do dicloridrato de betaistina ou aumentar o risco de efeitos colaterais adversos.
Anti-histamínicos
Medicamentos como difenidramina, hidroxizina e prometazina, comumente usados para alergias ou como indutores de sono, podem potencializar os efeitos sedativos do dicloridrato de betaistina. Isso pode resultar em sonolência excessiva e diminuição da capacidade de reação.
Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAO)
Certos antidepressivos que são IMAOs, como a tranilcipromina e a selegilina, podem interagir com o dicloridrato de betaistina e aumentar os efeitos colaterais, como a pressão arterial elevada.
Quais são as recomendações para pacientes em tratamento com Dicloridrato de Betaistina?
Para garantir que o tratamento seja eficaz e seguro, algumas recomendações específicas devem ser tomadas pelo paciente.
Seguir as orientações médicas com relação à dosagem e horários. Não interromper o tratamento, além de boa alimentação, atividade física e exames periódicos.
Alimentação
Durante o tratamento com dicloridrato de betaistina, algumas orientações alimentares devem ser seguidas para melhor eficácia no tratamento.
É indicado evitar refeições pesadas, excesso de sal, cafeína e álcool. É importante manter a hidratação correta e se necessário consultar um nutricionista.
Atividade Física
Não há contraindicações específicas quanto à atividade física durante o tratamento. No entanto, se sentir tontura ou vertigem, evite atividades que aumentem o risco de quedas, como esportes radicais ou exercícios de alto impacto.
Exames Periódicos
Manter consultas regulares para acompanhamento médico durante o tratamento, é de fundamental importância. É importante realizar exames de acompanhamento que podem incluir avaliação auditiva, testes vestibulares e monitoramento dos sintomas relacionados à Síndrome de Ménière.
Quanto custa Dicloridrato de betaistina?
Você pode encontrar este e outros medicamentos na Drogaria Nova Esperança.
– Dicloridrato de Betaistina 24MG Com 60 Comprimidos da PRATI-DONADUZZI
– Dicloridrato de Betaistina 8MG Com 30 Comprimidos da BIOSINTETICA
– Dicloridrato de Betaistina 24MG Com 30 Comprimidos da EUROFARMA
– Dicloridrato de Betaistina 24MG Com 30 Comprimidos da PRATI-DONADUZZI
– Dicloridrato de Betaistina 16MG Com 30 Comprimidos da EUROFARMA
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Referências:
– Dicloridrato de Betaistina – Aché (ache.com.br)
– Betadine – Bula – Bulário – D’Or mais Saúde (dormaissaude.com.br)